Da Redação
O policial militar Fernando Raphael Ferreira de Oliveira foi quem registrou o boletim de ocorrência do homicídio cometido pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos). O agente é presidente da Federação Mato Tiro de Mato Grosso e trabalha no mesmo estande de tiro que o parlamentar.
Em vídeos publicados nas redes sociais, ambos aparecem praticando tiro juntos e são citados em várias publicações do grupo Força e Honra, do qual são associados.
Além de estante, o Força e Honra oferece treinamento de tiros, vende armas e atua como despachante na documentos de armamento.
Fernando Raphael é também próximo da família de Marcelo Cestari e compareceu a casa, no condomínio Alphaville, quando a menor Isabele Guimarães Ramos, foi morta pela amiga, com tiro no rosto, em 2020.
A menor que atirou e matou Isabele é filha de Cestari e todos praticavam tiro no mesmo local onde Fernando Raphael é treinador.
O militar chegou a ser investigado por usar viatura do Estado para atender compromisso pessoal.
Procurado pelo Gazeta Digital, o policial Fernando Raphael confirmou proximidade com o vereador Paccola e nega qualquer suspeita que possa pesar contra ele no ato de registrar o caso. Pontua que esse é um procedimento de praxe e que oficiais acompanharam toda lavratura do boletim.
“Não coloque minha índole em xeque. Eu sou lavrador de ocorrência, existia 3 oficiais superiores que estavam na ocorrência. Tudo que está lá foi narrado pelos condutores da ocorrência”, explicou o policial.
O caso
Paccola assumiu que matou Alexandre a tiros na última sexta-feira (1). Conforme registrado no boletim de ocorrência, Paccola teria pedido por várias vezes para o agente que colocasse a arma que carregava no chão, e, como teria ocorrido reação, ele reagiu, atirando contra o servidor público.
A mulher que estava com o agente dá outra versão e diz que Alexandre não estava com a arma em punho. Paccola prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e depois foi liberado.